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novembro 02, 2010


Não sei o que te dizer. Já te disse, vezes sem conta, que precisava de ti, mas nunca me ouviste como deverias ter ouvido. E o tempo foi passando, passando e mal me dei conta que mudei o suficiente para te esquecer. Mal me dei conta que já te esqueci dentro do espaço que julguei ser eternamente teu. E agora, que queres que eu te diga? Que continua tudo igual? Isso é mentira, nem eu própria me conheço mais como um dia me conheci. Não mais te sei dizer como decorei cada traço teu. Sabes porquê? Porque foste o primeiro a dar o passo que me levou ao esquecimento, que me ensinou a perder-te num recanto qualquer perdido na minha memória. Não me peças para mudar, tu mesmo me mudaste com as contrariedades em que me ensinaste a viver. Gosto da vida que levo, do modo livre como me tenho sentido ultimamente, sem ti. Não me peças para mudar, eu não quero voltar. Amo a liberdade que me embala neste jeito simples com que hoje encaro a vida.

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